domingo, 5 de dezembro de 2010

Enfim, o fim!

       Após relatos e comentários sobre a realização das oficinas, chega ao fim mais uma aula de Didática II. E mais do que isso, chega ao fim o curso de Didática II. Mas, e aí? O que ficou?
A professora, intimamente chamada, entre os alunos, de Alê, propôs que avaliassemos o curso... e eu o defino em uma palavra: evolução!
Eu evolui! As aulas práticas me fizeram amadurecer a visão de "educação" e de "ser professor", e a própria postura de Alê, enquanto professora, me fez reconceituar a visão hierarquica que eu tinha a respeito da sala de aula. O aluno precisa ter autonomia, voz e vez ... o professor precisa democratizar a palavra e ter pulso para conduzir...
 E assim foi a turma de Didática II de 2010.2, fomos uma família, fomos uma turma muito bem preparada e muito bem conduzida. Tivemos voz e vez. Fomos sonhadores que sabiamos exatamente onde queríamos, e com Alê, aprendemos como.

e que fiquem os ensinamentos
e que venha Estágio I
Tivemos problemas com o som

Tivemos problemas com a estrutura
Tivemos problemas com a timidez dos alunos




Mas, devo reconhecer e agradecer a generosidade do colégio Central, que nos proporcionou momentos únicos e preciosos para nossa formação enquanto profissionais de educação.

Oficina... (impressões finais)


                     A oficina realizada no dia 24 de novembro, foi de fundamental importância para o entendimento prático das questões debatidas a cerca da realidade educacional e para a análise ainda que prematura, da realidade do ser professor de Língua Portuguesa no Brasil. Realidade essa que foi anteriormente discutida com a professora Fátima Kalliu, no colégio Central.

                    Percebemos, durante a oficina que mais do que transmitir conhecimento, é preciso saber entreter, envolver, convencer o aluno de quão importante é a aula que ele está assistindo e importância dele dentro dessa aula. Percebemos que não basta chegar munido de bons conteúdos e grande rigor, é preciso conhecer a realidade que envolve aquela turma, para saber como e por onde conduzir os conteúdos e o rigor. É preciso técnica, mas também prática, astúcia, traquejo. A Língua Portuguesa está indiscutivelmente envolvida na realidade do aluno, mas ainda assim tem dificuldade de ser lecionada nas escolas. Isso por causa da normatização, da divergência entre as exigências gramaticais e a realidade de fala e escrita – aluno decora regras que não aplica. O professor precisa administrar isso, saber conduzir o conteúdo a ser ensinada sem despertar o desinteresse da turma. E assim o fizemos na oficina.

                     Descobrimos que respeitar a realidade linguística do aluno é primordial para que ele respeite a disciplina e o lugar do professor. Usar essa realidade linguística é o meio fácil de envolvê-lo durante as aulas, já que o contato é direto e mais objeto, diferente da mera exposição de regras jamais usadas por eles. Percebemos que aluno deve ter autonomia nas suas descobertas, ele de ser livre para ver analisar as divergências linguísticas entre “como ele fala” e “como a gramática quer ele fale”, respeitando sempre as duas possibilidades, sempre impor juízo de valor.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Planejando a Oficina

Programamos para a 3ª visita ao colégio Central a realização de uma oficina que envolvesse as disciplinas de Biologia, Dança e Língua Portuguesa.

Título/ Tema:  Biologicamente Falando de Dança
Público / Número: Alunos do 2° Ano – Ensino Médio / 40 Estudantes
Hora / Local: 09h às 11h – Colégio Central


Profº Mediadores: Alexandre Borges (Biologia), Beatriz Cazé (Dança), Cláudia Andrade (Dança), Cláudia Caldeira (Letras), Helen Cajado (Dança), Heigon Henrique (Biologia), Lilian Lima (Letras), Nádia Rosário (Letras), Tais Soares (Letras), Uiara Moura (Letras).

Objetivos:Trabalhar a interdisciplinaridade num processo de reconhecimento social nas áreas de dança, ciências biológicas e língua portuguesa.

Justificativa: Durante a conversa que tivemos com os professores específicos de cada área de conhecimento, percebemos que os alunos têm dificuldades em interagir os saberes adquiridos nas diversas áreas. Assim, pretendemos mostrar aos estudantes que os diversos conhecimentos adquiridos na Escola podem ser atrelados em prol de um único objetivo.

Conteúdo:Leitura e interpretação de uma letra de música (próxima a realidade dos estudantes). Sistema locomotor. Movimentos do corpo

Recursos:40 cópias da letra da música, 01 aparelho de som, 01 câmera digital

Avaliação: Os alunos irão avaliar a oficina e avaliar os seus mediadores.

2ª visita ao colégio Central

  Na segunda visita ao Colégio, tivemos a oportunidade de conversar com a Professora de Língua Portuguesa Fátima Kaliiu - que é professora há 19 anos, e há 13 leciona no colégio Central. Ministra aulas para 10 turmas, nos turnos matutino e noturno.
  
  Profª. Fátima nos revelou que seu planejamento de aulas só ocorre após conhecer os alunos e "testar" a turma, como uma espécie de termometro para saber como, por onde e até onde ir. Dessa forma o planejamento é semanal. Quinzenalmente, ela reúne-se com os demais professores de Língua Portuguesa e Artes para realizarem o AC. Nessas reuniões, cada professor expõe e adequa seu conteúdo para não haver desigualdade na distribuição dos conteúdos entre as turmas. O planejamento das aulas advém da seguinte forma: teorias, conteúdos e práticas.  As aulas práticas são realizadas através dos exercícios de fixação e produções textuais.
  Fátima nos contou também que a avaliação é processual. Mas também há avaliação unificada que ajuda os alunos a conhecerem a prova do ENEM. Não há coordenação pedagógica na escola, o diretor, Jorge Nunes é quem assume essa função e coordena as atividades.

  A professora também mostrou ter um bom relacionamento com os alunos, mas confessou também que alunos não gostam de ler e a falta de leitura prejudica suas produções textuais. E, por conta disso, a professora perde de 10 a 15 minutos de aula conscientizando-os sobre a importância de ler e escrever. Outra dificuldade apresentada foi a resistência que os alunos tem em fazer seus exercícios, por isso, só fazem suas atividades forem pontuadas. Os alunos receberam material didático (livro), mas não levam para escola, pois segundo eles o livro é pesado demais.